É inegável que ao longo dos anos, a mulher tem conquistado funções e assumido lugares que até então pertenciam somente aos homens. A mulher que tinha como responsabilidade, administrar o seu lar, ser uma boa mãe e uma esposa atenciosa, passou a ir além, conquistou a oportunidade de estudar, (e estudar o que quiser), trabalhar, empreender, prestar concurso público, entrar nas forças armadas, mostrar o seu valor, provar a sua força e capacidade.
E a mulher cristã? Ela também
pôde avançar? Ir além das portas que lhe conferiam a identidade de “do lar”?
Claro que SIM! A mulher cristã, evangélica também faz parte dessa evolução
feminina. Nada impede que a mulher cristã se lançar ao desafio de concorrer a
um espaço no mercado de trabalho, de estudar, conquistar uma posição na área em
que ela se identificar, crescer e se desenvolver profissionalmente.
Porém, ela sempre deverá pautas
suas decisões conforme o que o Evangelho ensina, pois antes de fazer as suas
próprias escolhas, ela precisa apresentar os seus planos ao Senhor, para sempre
agir de acordo com a vontade de Deus, que se revela através do seu Espírito
Santo em nosso interior.
E quando ela é casada? É aqui
que surge uma série de questões que o mundo, muitas vezes, não compreende e
preferem nos intitular como machistas. A começar, que a Bíblia nos ensina que o
homem é o cabeça da mulher. Mas, para entender esse contexto, vamos analisar Efésios
5, em que Paulo nos orienta nos dois primeiros versículos a sermos imitadores
de Deus e a vivermos em amor.
¹.
Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados,
².
e vivam em amor, como também Cristo nos
amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus.
Então, os versículos seguintes
traz uma série de recomendações, e a partir do versículo 22, ele se direciona ao
homem e a mulher de maneira específica:
²².
Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor,
²³.
pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja,
que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador.
²⁴
Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo
sujeitas a seus maridos.
²⁵
Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si
mesmo por ela
²⁶
para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra,
²⁷
e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa
semelhante, mas santa e inculpável.
²⁸
Da mesma forma, os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios
corpos. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo.
²⁹
Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele
cuida, como também Cristo faz com a igreja,
³⁰
pois somos membros do seu corpo.
³¹
"Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os
dois se tornarão uma só carne".
³²
Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja.
³³
Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher
trate o marido com todo o respeito.
Em suma, em Efésios 5:22-33, encontramos
a seguinte orientação mulher se sujeite ao seu marido e o marido ame sua
mulher, como Cristo ama a igreja, como ele ama o seu próprio corpo. Lembrando
portanto, que a primeira recomendação desse livro é de sejamos imitadores de
Deus e vivamos em amor.
A Palavra, muitas vezes é mal
interpretada, ou é moldada a algumas conveniências machistas! Quando escutamos
que a mulher deve se sujeitar ao seu esposo, e olhamos o nosso contexto social,
onde inúmeras mulheres são mortas todos os dias por causa da falta do controle
emocional de muitos homens, onde tantas mulheres são violentadas, estupradas,
expostas, desrespeitadas… a gente considera um absurdo seguir tal orientação.
Mas, veja… a sujeição aqui é em amor, e não dessa maneira que o mundo quer que
acreditemos, onde o homem determina uma missão como um general e a mulher obedece
como um soldado, batendo continência, porque casamento não é um quartel, é uma
união de amor.
Quando a Palavra nos ministra,
recomendando: Mulheres,
sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor, pois o marido é o cabeça da mulher,
e assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo
sujeitas a seus maridos. Entenda que essa sujeição em tudo, como diz
o texto, em outras palavras é: não haja como se não fosse casada, lembra-se que
você tem um marido, em tudo lhe deixe a parte da sua vida, você e o seu esposo
são um só diante de Deus. Mas, o mundo e até alguns religiosos distorcem isso,
considerando até que se trata de uma sujeição doméstica, que está apenas
relacionado a afazeres domésticos e de mãe. Por isso, consideram as Escrituras
antiquada e machista, por pura ignorância da essência do Evangelho.
Essa sujeição, esse senso de
responsabilidade dentro do casamento, faz a mulher se enxergar como a ajudadora
do seu esposo, como alguém que estará ao seu lado, lhe apoiando, colaborando
para a harmonia do lar, que terá olhos, atenção para a sua família, que saberá
dar prioridade para a sua identidade de esposa, correspondendo aquele amor que
o homem lhe dá.
O marido é o cabeça, pois o
homem foi feito a imagem e semelhança de Deus, e a partir dele que foi feita a
mulher, a partir da costela de Adão, e ele tem a responsabilidade de amar a sua
mulher, como Cristo ama a igreja. A verdade é que o homem que ama a sua mulher,
sempre vai desejar o melhor para ela, vai encorajá-la a descobrir todo o seu
potencial, vai ser o seu parceiro, vai ter orgulho dos seus feitos, e fazer
tudo que estiver ao seu alcance para vê-la feliz e realizada.
O homem que não ama, oprime,
desdenha, aprisiona com excessos de ciúmes, disputa, a ridiculariza e não é
digno de nenhum tipo de sujeição, porque não age conforme a Palavra. Muitas
vezes, as mulheres se vêm numa relação, onde elas não enxergam o marido como o
cabeça, até mesmo quando existe amor, mas por enxergarem desvios de caráter,
imaturidade, excesso de exigências que lhe causam certa frustração e insegurança,
não conseguindo se sujeitar como esposa, não encontrando força e motivação para
inseri-lo integralmente em sua vida.