Graça e Paz de Cristo Jesus, meus amados irmãos!
Eu sempre me pergunto: Qual seria o espinho na carne de Paulo? Lendo as Escrituras, chego a acreditar que poderia ser o seu passado que lhe atormentava em forma de um demônio, que lhe perseguia e o fazia relembrar de todo o povo cristão que ele fez sangrar até a morte, quando ainda era Saulo.
Muitos cristãos (e não
cristãos) preferem se esquivar quando o assunto é demônio, por diferentes razões,
seja por medo, ignorância, receio de ser alvo de deboches ou comentários desagradáveis...
Enfim, optam por seguir a luz e fingir que a escuridão não existe.
Pois bem, demônios existem e
estão ao nosso derredor 24 horas por dia. A palavra nos adverte em 1 Pedro 5:8 - Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário,
anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar.
Aprender a resistir aos demônios da nossa
mente e os de fora da nossa mente é uma realidade constante. Todos temos demônios
que passeiam pelos nossos pensamentos, tentando despertar feridas adormecidas,
tentando instigar sentimentos destrutivos, tentando ceifar a fé que nos
impulsiona a agir, tentando nos aprisionar à completa estagnação... Mas, esses
são os demônios que nos mesmos criamos, resultado das nossas debilidades
humana, das nossas misérias carnais, e como é difícil lidar com eles, ou melhor
seria, como é difícil reconhecer e encarar as nossas próprias fraquezas.
E os demônios que estão aqui fora? De diferentes caras, formatos e odores? Às vezes escondidos em línguas ferinas, em corredores camuflados em meio às sombras, em esquinas ao meio dia como cães raivosos. Tudo o que eles desejam é encontrar um ponto de instabilidade em nossa fé, emoções e caráter, para quebrar aquilo que de alguma forma pode estar fragilizado. O autoconhecimento aliado à armadura de Deus[1] é o que nos fortalece contra as astúcias do maligno.
Conscientes de que a “nossa luta
não é contra carne e sangue, e sim contra os principados e
potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as
forças espirituais do mal, nas regiões celestiais” (Efésios 6:12), nos tornamos muito mais vigilantes de
nós mesmos e das formas pelas quais tais demônios usam para tentar nos
destruir, porque eles são repetitivos, sem criatividade e em certos momentos chegam
a ser até previsíveis.
Lembro de Paulo mais uma vez... que mesmo com aquele espinho
de ordem espiritual, mas que lhe causava tormentos físicos, continuou seguindo
a Cristo, permitindo-se ser um instrumento para a expansão das boas novas no
mundo, porque da mesma forma que ele sofria com a opressão maligna, ele era
conhecedor da existência de Jesus e aquilo que ele havia firmado com Cristo era
maior do que tudo.
Somos alvos constantes de Satanás e precisamos estar
conscientes disso, mesmo precisando lutar diariamente contra a presença e as inúmeras formas
de investidas do mal contra nós, não podemos desviar os nossos pés nessa
corrida da vida, cuja premiação será eternizada no momento em que finalmente conhecermos o sorriso de Deus.
Alana Baggioto